O evangelho de João registra uma discussão entre Jesus e a elite religiosa de Sua época. Está lá no capítulo 8, logo na sequência do episódio envolvendo a mulher adúltera.
Naquela ocasião, Jesus Se apresentou como a luz do mundo e em seguida fez uma defesa de Sua missão e autoridade.
Foi quando prometeu liberdade aos que conhecerem a verdade e Se apresentou como o Grande Eu Sou.
O que provocou a ira dos Seus interlocutores, que desejaram matá-Lo ali mesmo.
Foi quando Ele disse:
Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8:44
Jesus Se apresenta como A verdade e sem meias palavras afirma que o diabo é o PAI da mentira. Ele deixa claro que Seu antagonista é homicida e mentiroso.
Quando eu era criança, minha criatividade às vezes cruzava a linha e eu inventava histórias, invencionices. Para me livrar de alguma encrenca ou só inventando moda mesmo.
Quando minha mãe me pegava no “pulo”, me repreendia, citando o Apóstolo João. “Você sabe quem é o pai da mentira?”. Dizia ela.
Então, mandava eu escrever num caderno de caligrafia umas 20 páginas — “Não devo mentir”.
O problema do mentiroso é que ele cria um universo paralelo e fica escravo dele. O mentiroso não tem paz. Não tem sossego. Ele fica assombrado de ser descoberto a qualquer momento.
Somente a verdade liberta. Ela traz paz a quem a possui.
Pilatos, colhido de improviso, chegou a perguntar a Jesus: “o que é a verdade?”
Quem sabe, a pergunta certa seria: “Quem é a verdade?”
Aí, Jesus poderia ter respondido como fez à samaritana: “Este que fala contigo”.
Pr. Manolo Damasio